El Salvador, que outrora ostentava o título sombrio de “capital do crime” mundial, vive um momento de transformação notável. A influência das gangues que dominaram o país por décadas, semeando terror e medo entre a população, está em declínio. As temidas facções MS-13 e Barrio 18, que controlavam extensas áreas urbanas e rurais, inclusive em partes da capital San Salvador, enfrentam um recuo significativo.
Em seu apogeu, essas duas organizações criminosas reuniam cerca de 70.000 membros, conhecidos por sua brutalidade e enriquecimento ilícito através da extorsão de comerciantes locais. Estima-se que essa atividade criminosa tenha drenado aproximadamente 16% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Após assumir o cargo em 2019, o presidente Nayib Bukele implementou o “Plano de Controle Territorial”, uma iniciativa ambiciosa projetada para combater o crime organizado e reduzir drasticamente o número de assassinatos em El Salvador. Uma das medidas mais controversas foi a imposição de um regime de exceção, que resultou em prisões em massa, com mais de 80.000 suspeitos de integrarem gangues sendo detidos.
Os resultados do plano têm sido notáveis. A taxa de homicídios em El Salvador registrou uma queda drástica, passando de 36 assassinatos por 100.000 habitantes para apenas 1,9. Esse índice representa a menor taxa da América Latina e uma redução de mais de dez vezes em comparação com a taxa de homicídios do Brasil.
Em declarações recentes, o presidente Bukele enfatizou que, embora o fortalecimento da polícia e o aumento do efetivo do Exército tenham desempenhado um papel importante, o fator crucial para o sucesso no combate às gangues foi a oração. Segundo ele, a pacificação de El Salvador foi um milagre, e a principal estratégia utilizada foi a busca por intervenção divina.
“Em poucas semanas, o país foi transformado. O verdadeiro segredo era a oração. Nossa vitória impressionante se deve ao fato de termos vencido a guerra espiritual de maneira muito rápida”, afirmou o presidente.
Bukele relembrou momentos de apreensão em seu escritório, durante as madrugadas, quando buscava uma solução para a violência generalizada. “Era uma tarefa impossível, porque tínhamos que ir atrás deles, e eles estavam entremeados com a população em todos os lugares, matando aleatoriamente. Tentamos descobrir o que fazer e eu disse: ‘Estamos diante de uma missão impossível. Então oramos’”, revelou.
O presidente, atualmente em seu segundo mandato, também expressou sua crença de que as gangues que operam em El Salvador são organizações satânicas que praticam sacrifícios de bebês em rituais dedicados à “Besta”. “À medida que a organização crescia, tornou-se satânica. Começaram a fazer rituais satânicos”, explicou.
Fonte: piauinoticiasgospel.com.br
